A obra de Sean Baker, "Anora", uma mistura envolvente de tragédia e comédia screwball, conquistou o prêmio principal. Produzido de maneira independente, o filme abordou temas sociais complexos com autenticidade e recebeu aplausos da crítica por sua narrativa emocionante e original.

"O que o torna ainda mais especial é o fato de ser um filme independente, liderado por cineastas talentosos que insistiram na arte como ferramenta de transformação social", celebrou Baker em seu discurso emocionado.

Sean Baker reiterou seu papel de pioneiro ao levar para casa o prêmio de Melhor Direção. Ele também aproveitou a oportunidade para defender o hábito de assistir a filmes em cinemas locais. Seu discurso trouxe luz à luta do cinema independente contra a hegemonia do streaming, destacando a experiência única do cinema.

Mikey Madison recebeu o prêmio de Melhor Atriz por sua interpretação dinâmica e sensível como a personagem principal em "Anora". Durante seu discurso, Madison emocionou o público ao agradecer à comunidade de trabalhadoras sexuais, que inspiraram sua personagem.

"Eu prometo continuar sendo uma aliada e defender seus direitos. Essa experiência foi transformadora, e é uma honra estar aqui representando essas vozes", disse a atriz, visivelmente emocionada.

Adrien Brody recebeu seu segundo Oscar de Melhor Ator por sua atuação em "O Brutalista", onde interpreta um arquiteto judeu húngaro vivendo nos Estados Unidos nos anos pós-Segunda Guerra Mundial. Sua performance foi descrita como comovente e magistral.

Marcando a história como a primeira americana de ascendência dominicana a ganhar um Oscar, Zoe Saldaña brilhou nesta categoria. Seu papel em "Emilia Pérez", um ousado musical sobre um gângster transgênero, intrigou audiências e críticos.

Kieran Culkin levou o Oscar por seu papel em "A Real Pain", onde interpretou um viajante conectado emocionalmente às complexidades da identidade judaica. Sua entrega autêntica foi um dos destaques da noite.

O Brasil comemorou um momento histórico com a vitória de "Ainda Estou Aqui" como Melhor Filme Internacional. Dirigido por Walter Salles, o filme emocionou plateias ao redor do mundo com sua história de resistência e superação.

"A presença do Brasil consolida nosso impacto cultural e nosso lugar de destaque no cinema internacional", disse Salles ao receber o prêmio.

"No Other Land", um documentário israelense-palestino sobre deslocamento forçado no West Bank, destacou-se como um dos filmes mais politicamente carregados da edição. Os cineastas usaram seus discursos para pedir justiça e paz na região.

"Esta vitória é dedicada a todos os que lutam por liberdade e dignidade. Não há outro caminho a não ser a paz", disseram os diretores durante o palco.

A animação "Flow", da Letônia, foi uma sensação ao desbancar concorrentes populares como "Inside Out 2". Produzida com software de código aberto, a vitória simbolizou o poder inovador da animação independente.

Melhor Trilha Sonora
"O Brutalista", Daniel Blumberg A trilha sonora de Daniel Blumberg foi decisiva para a intensidade dramática do filme.

Melhor Maquiagem e Penteado
"A Substância" Os efeitos impressionantes garantiram uma vitória merecida para este filme de terror corporal.

Melhor Montagem
"Anora" Sean Baker também recebeu o Oscar por Melhor Montagem, mostrando sua habilidade multifacetada como cineasta..

O Oscar 2025 foi um evento repleto de inovação e diversidade. Pela primeira vez em anos, o equilíbrio entre superproduções e filmes independentes foi celebrado, provando que o futuro do cinema está nas vozes ousadas e nas histórias não convencionais. 

O reconhecimento de "Anora" e outras produções independentes mostrou que a Academia está disposta a abraçar novos horizontes, reafirmando o papel do Oscar como um espelho do espírito criativo global.

1. CBS News
2. BBC
3. Yahoo Entertainment
4. CNN
5. The Guardian
6. Reuters
7. UOL Play