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CASA DOS 7 SABERES
INSTITUTO DE PSICOLOGIA SER E CRESCER
A REGRA DOS TRÊS ENCANTOS
Quantas vezes você acredita que uma pessoa tem direito a uma nova chance? As pessoas erram conosco o tempo todo e de várias formas, nos decepcionando de diversas maneiras. Não corresponder às nossas expectativas é o mais comum, mas ainda existem aqueles que agem de forma a causar prejuízos financeiros ou nos relacionamentos que mantemos. No entanto, o pior de tudo pode ser quando o efeito causado pelo outro atrapalha o desenvolvimento profissional de alguém. Quando o ato, intencional ou não, termina por impedir uma promoção ou causar a perda de clientes.
Há muitas formas de cometer, repito: intencionalmente ou não, um erro com outra pessoa. E, de fato, somos ensinados a perdoar sempre, a dar a outra face. Os mais religiosos devem praticar isso firmemente. Esse pode não ser o seu caso. Inicialmente, e sem explicar muito, perdoar não é o mesmo que esquecer. Existe outra forma de agir, mas esse não é o tema deste texto: hoje vamos focar na Regra dos Três Erros.
Caso você encontre sentido nos próximos parágrafos, pode distribuir este texto entre seus amigos, para que eles tomem conhecimento da existência dessa regra e, ainda mais, da possibilidade de você ter aderido a este padrão e deles já estarem com alguma contagem estabelecida no ranking.
ERRO 01 – Provavelmente, o que consideramos como primeiro erro de uma pessoa é a não correspondência com alguma expectativa que tínhamos. Aristóteles dizia que não há nada que envelheça mais rápido do que um benefício. Assim, de uma forma geral, esperamos que o outro tenha atitudes semelhantes às nossas em relação a eles. Quando isso não ocorre, surge a decepção e a dor.
Isso não está restrito ao grupo de amigos; também existe uma tendência a esperar um perfil de comportamento diferenciado de nossos parentes. Afinal, família acima de tudo. No entanto, os tempos mudaram e, atualmente, manter “os pratos girando no alto das varinhas finas” está se tornando mais difícil. As pessoas estão se ocupando muito mais das suas vidas e focando em seus propósitos. O que, na verdade, é positivo. Pelo menos para elas. Dessa forma, se esse é o perfil do primeiro erro de uma pessoa, dê uma segunda chance.
ERRO 02 – A pessoa voltou a errar. Mas, agora, não é mais uma falta daquilo que esperávamos dela como comportamento preferencial ao nosso favor; disso já estamos curados. O erro foi mais grave: houve a intenção!
Nesse ponto, devemos diferenciar mal de maldade. Mal é algo que todos nós podemos cometer de forma intencional. Tomar a decisão de ir ao cinema sozinho porque deseja esse momento de solitude pode impactar pessoas que nos são próximas negativamente. Já a maldade visa causar prejuízo, dor ou sofrimento ao outro. É algo planejado conscientemente e efetivado no mundo real.
Esse tipo de erro deve eliminar a possibilidade de uma relação de confiança. Caso tenha a hábil capacidade de perdoar, faça isso, mas não esqueça o ato. Dessa forma, terá cuidados de não compartilhar informações ou permitir uma aproximação tamanha que permita novo golpe doloroso.
ERRO 03 – Aconteceu de novo? Bom, agora (temo dizer) a responsabilidade é toda sua. Sinais foram emitidos nos dois últimos comportamentos assinalados e você ainda manteve expectativas ou depositou confiança nessa pessoa. Sinto muito mesmo, mas a culpa é toda sua. A outra pessoa agiu de acordo com a natureza dela. Lembra do escorpião que mata a rã que lhe dava carona para atravessar o lago? A rã disse: "Vamos morrer os dois!" E o escorpião respondeu: "Desculpa, é da minha natureza, tenho de picar, é mais forte do que eu."
Você deveria ter tomado as medidas preventivas para evitar novos erros, ou pelo menos, não esperar comportamentos positivos dessa pessoa. Temos três medidas para isso: afastamento físico, ressignificação do comportamento do outro ou, o melhor e mais difícil, indiferença ao comportamento do outro.
O mais fácil é se afastar do outro, evitando o contato de todas as formas possíveis; afinal, ele nos causa dor de alguma forma. Ressignificar é uma alternativa quando não é possível o afastamento. Óbvio que é necessário um esforço, e a ajuda de um psicólogo pode ser bastante útil.
Por último, a indiferença. Não queira ser a pessoa de quem os outros não se importam. Na indiferença, não há mais empatia. Tanto faz como tanto fez... "não fede nem cheira", como diz o dito popular.
Esse lugar é horrível, principalmente para quem está nele com a consciência de que lá foi colocado. Pois, existem bilhões de pessoas de quem você não se importa, mas essa, em especial, teve uma relação conosco, atos e resultados que a colocaram nesse lugar de distanciamento emocional. Quando ela se dá conta disso, o reverso ocorre de forma dolorosa.
Tenha consciência de que todos (eu e você também, claro!) erramos muito no passado, cometemos erros no presente e esperamos errar menos no futuro. Mas, erramos. Dessa forma, pense bem se deve aplicar alguma regra ou se sentar e conversar com essa pessoa sobre o que sente e o que está ocorrendo. Pode ser a melhor forma de não chegar ao segundo momento dessa regra.
Por falar nisso, você deve ter percebido que cometi um erro: o título não corresponde ao texto. Espero que possa me perdoar e me dar uma segunda chance voltando a ler novos textos que publicar. Especialmente se não percebeu que a imagem ilustrativa também não tem sentido algum com o conteúdo.
Por João Oliveira
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A CASA DOS 7 SABERES
Prof. Dr. João Oliveira, Doutor em Saúde Pública, Psicólogo, 62 anos (2024), começou com a Hipnose aos 18, em 1980. Já são 44 anos estudando, praticando, se beneficiando e, acima de tudo, descobrindo a cada dia novas formas de atuar com essa ferramenta espetacular.
Prof. Dra. Beatriz Acampora, Doutora em saúde Pública, Psicóloga, estuda a hipnose há mais de 20 anos, sempre buscando o que há de melhor na área para auxiliar seus clientes, criando propostas de trabalho inovadoras que são ferramentas poderosas na terapia.
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Responsável Técnica:
Profa. Dra. Beatriz Acampora e Silva de Oliveira CRP 05/32030
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