QUEM FOI EUNICE PAIVA?
uma defensora ativa dos direitos humanos


Maria Lucrécia Eunice Facciolla Paiva, mais conhecida como Eunice Paiva, nasceu em 7 de novembro de 1929, em São Paulo, Brasil. Sua vida, marcada pela luta contra a ditadura militar, a busca incessante por justiça e pelos direitos humanos, tornou-se um símbolo de resistência no Brasil. Eunice faleceu em 13 de dezembro de 2018, em São Paulo, após lutar contra o Mal de Alzheimer.
A Juventude de Eunice
Eunice cresceu em uma família de origem italiana no bairro do Brás, em São Paulo, onde desde cedo desenvolveu o gosto pela leitura. Formou-se em Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie aos 18 anos, onde se destacou pela fluência em francês e inglês. Durante sua vida jovem, Eunice conheceu Rubens Paiva, um renomado engenheiro e político, com quem se casou em 1952. O casal teve cinco filhos: Vera Sílvia, Maria Eliana, Ana Lúcia, Marcelo Rubens e Maria Beatriz.


Início da Ativismo e o Desaparecimento de Rubens Paiva
A vida de Eunice Paiva mudou drasticamente com a instabilidade política que tomou conta do Brasil a partir de 1964. Com a golpe militar que depôs o presidente João Goulart, Rubens Paiva, o marido, foi cassado em seu cargo de deputado federal e se tornou alvo da repressão militar devido às suas convicções políticas progressistas.
Em 20 de janeiro de 1971, Rubens foi sequestrado por agentes da ditadura militar em sua própria casa. Esse momento marcaria o início de uma luta desgastante e emocional para Eunice e sua família, que não sabiam o paradeiro de Rubens. Durante a mesma operação, Eunice e sua filha Eliana foram presas. Enquanto Eliana foi libertada após 24 horas, Eunice permaneceu encarcerada por 12 dias, sob tortura psicológica e interrogatório.
Após sua liberação, Eunice dedicou-se incansavelmente à busca por informações sobre o paradeiro de seu marido. O Estado brasileiro, no entanto, ocultou informações e se negou a dar respostas. Esse período de violação dos direitos humanos se transformou em uma constante na vida de Eunice, que percebeu que seu papel não era apenas buscar justiça para sua família, mas também defender outras vítimas da ditadura militar.


LÁGRIMA BASAL
A Luta pelos Direitos Humanos
A busca de Eunice Paiva por justiça não se limitou ao caso de Rubens. Com cinco filhos para criar e sem uma fonte de renda, ela voltou a estudar e formou-se em Direito na mesma universidade onde havia completado o curso de Letras. Em 1973, aos 47 anos, tornou-se uma defesa aguerrida dos direitos humanos, dedicando sua vida a promover justiça para aqueles que foram perseguidos pelo regime militar.
Ela foi uma das principais vozes na luta pela promulgação da Lei 9.140/95, que reconhecia como mortos os desaparecidos políticos sob o governo militar. Em 1996, depois de 25 anos de luta, Eunice conseguiu que o Estado brasileiro emitisse oficialmente o atestado de óbito de Rubens Paiva. Este ato não só deu encerramento a uma longa procura por respostas como também corroborou a luta de Eunice em nome de outras vítimas do sistema.
Sua atuação se estendeu à defesa dos direitos indígenas. Eunice Paiva se destacou em questões relacionadas à expropriação indevida de terras e ao respeito pela autonomia dos povos indígenas. Ela fundou, em 1987, o Instituto de Antropologia e Meio Ambiente (IAMA), uma ONG que atuou até 2001 na defesa dos direitos e interesses das comunidades indígenas do Brasil.


O Legado de Eunice Paiva
Eunice Paiva sempre foi uma voz ativa a favor da verdade e da justiça. Seus esforços em prol da justiça não somente ajudaram a elaborar leis que promovem a defesa dos direitos humanos, como também atuou como consultora na constituição brasileira de 1988, promovendo avanços significativos nessa área. Ela também foi uma referência nos círculos acadêmicos ao discutir as políticas e legislações relacionadas aos direitos indígenas no Brasil.
A narrativa de sua vida foi retratada pelo filho, Marcelo Rubens Paiva, no livro "Ainda Estou Aqui", lançado em 2015. O livro relata os desafios enfrentados por Eunice e sua família durante os anos de repressão e a luta pela verdade sobre o desaparecimento de Rubens.
Em 2024, a história de Eunice Paiva e de sua luta foi adaptada para o cinema no filme "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles. A produção dramatiza a vida da família Paiva durante a ditadura militar e a busca desesperada de Eunice por seu marido. O filme teve grande aclamação e foi indicado a três prêmios no Oscar 2025, incluindo Melhor Filme e Melhor Atriz para Fernanda Torres, que interpretou Eunice.


Eunice e o Reconhecimento na Sociedade Brasileira
A trajetória de Eunice Paiva é emblemática da luta por direitos humanos no Brasil. Ela marcava presença em eventos e manifestações ao longo das décadas, sempre buscando justiça não só para sua própria família, mas para todas as vítimas do regime militar.
Além de sua luta política, Eunice era uma mãe dedicada que criava seus filhos em um ambiente repleto de amor e ensinamentos sobre justiça e moralidade. Sua dedicação à educação e ao ativismo inspirou seus filhos e os encorajou a seguir seus passos.
Eunice Paiva faleceu em 13 de dezembro de 2018, após 14 anos lidando com Alzheimer, mas seu legado permanece. Sua vida é um testemunho poderoso das dores e lutas enfrentadas por muitas famílias no Brasil durante e após a ditadura militar. As conquistas de Eunice continuam a inspirar novas gerações a lutar contra a injustiça.


Conclusão
Eunice Paiva é lembrada não apenas como uma mãe e esposa, mas como uma figura central na luta pelos direitos humanos no Brasil. Sua determinação em buscar a verdade e justiça em face da opressão e silêncio se tornou um legado indelével, mantendo viva a memória dos desaparecidos e promovendo a importância dos direitos humanos em uma sociedade justa.


FAQ - PERGUNTAS FREQUENTES
1. Quem foi Eunice Paiva?
Eunice Paiva foi uma advogada e ativista dos direitos humanos que se destacou na luta contra a ditadura militar no Brasil, especialmente após o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, em 1971.
2. O que aconteceu com Rubens Paiva?
Rubens Paiva foi sequestrado e assassinado por agentes da ditadura militar brasileira, e seu desaparecimento se tornou um dos casos mais emblemáticos de violações de direitos humanos no país.
3. Qual foi o papel de Eunice na defesa dos direitos humanos?
Eunice foi uma defensora ativa dos direitos humanos, lutando por justiça para as vítimas da ditadura militar e promovendo a legislação que reconheceu os desaparecidos como mortos.
4. Como a história de Eunice foi retratada na cultura popular?
A história de Eunice e de sua família foi retratada no livro "Ainda Estou Aqui", escrito por seu filho Marcelo Rubens Paiva, e posteriormente adaptada para o cinema em um filme de mesmo nome, dirigido por Walter Salles.
5. Como Eunice é lembrada hoje?
Eunice Paiva é lembrada como um símbolo de resistência e luta pelos direitos humanos no Brasil, e sua história continua a inspirar novas gerações na busca por justiça e memória histórica.


Referências:
1. Biografia de Eunice Paiva na Wikipédia: Apresenta detalhes sobre sua vida pessoal, carreira e ativismo político.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eunice_Paiva
2. Perfil de Eunice Paiva no Memórias da Ditadura: Fornece informações sobre sua infância, educação e luta contra a ditadura militar.
https://memoriasdaditadura.org.br/personagens/eunice-paiva
3. Artigo da CNN Brasil sobre Eunice Paiva: Explora sua trajetória e importância na luta pelos direitos humanos.
https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/quem-foi-eunice-paiva-personagem-de-fernanda-torres-em-ainda-estou-aqui
4. Filme "Ainda Estou Aqui" no AdoroCinema: Informações sobre a adaptação cinematográfica da história de Eunice Paiva.
https://www.adorocinema.com/filmes/filme-265940
5. Notícia da Agência Brasil sobre o impacto do filme: Discute como "Ainda Estou Aqui" aumentou a audiência de filmes nacionais.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/cultura/audio/2025-03/ainda-estou-aqui-ajudou-aumentar-audiencia-de-filmes-nacionais
6. Página do IMDb sobre Eunice Paiva: Resumo de sua biografia e informações relevantes.
https://www.imdb.com/name/nm16718611/bio/
7. Artigo do El País sobre o Oscar do filme: Relata a celebração do primeiro Oscar do Brasil com "Ainda Estou Aqui".
https://elpais.com/america/2025-03-03/brasil-celebra-en-pleno-carnaval-el-primer-oscar-de-su-historia.html
8. Notícia da Associated Press sobre o filme: Aborda como "Ainda Estou Aqui" liderou as bilheterias e forçou a nação a lidar com traumas da ditadura.
https://apnews.com/article/661b0a1d4f313c19c48dac4c1519fe0c
9. Artigo da Vanity Fair sobre Fernanda Torres: Destaca a atuação de Fernanda Torres como Eunice Paiva e o reconhecimento internacional.
https://www.vanityfair.com/hollywood/story/fernanda-torres-im-still-here-awards-insider
10. Notícia da Associated Press sobre filmes que destacam desaparecidos na América Latina: Menciona "Ainda Estou Aqui" e seu impacto no Oscar.
https://apnews.com/article/675a2b36a7798b390110e7708fe31f6e
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